Glórias do Passado: Rodrigues

 

Rodrigues


Rodrigues é mais um dos míticos guarda-redes na história do Vitoria SC, concretamente, desde o final da década de 60 e a década de 70 altura em que foi, praticamente, dono e senhor da baliza vitoriana.

Foram um total de treze temporadas consecutivas ao serviço do Vitoria SC, período recheado de êxitos individuais e colectivos e que ainda nos dias de hoje ressaltam nas páginas da história do clube vimaranense.

Alentejano de gema, nascido em 8 de Janeiro de 1948 na Sé, em Évora, Francisco Diamantino Rodrigues, ou simplesmente, Xico Rodrigues, cedo começou a dar pontapés na bola, ou melhor, diga-se, na verdade, a impedir a introdução do esférico em que radica o jogo na baliza que defendia.

Embora fosse na baliza que mais se destacava, Rodrigues também tinha boas qualidades como futebolista, a tal ponto que em Guimarães também ficou famoso e muito conhecido como um guarda-redes goleador, fruto das exibições que realizou como avançado da equipa vitoriana de reservas em competições regionais.

Antes de ingressar no Vitoria SC, o guardião Rodrigues evidenciou-se defendendo as balizas do Juventude de Évora. Afinal, foi nesse clube da sua terra natal que Rodrigues começou a jogar futebol, oficialmente, na época de 1963/64 na equipa de juniores.

Depois de duas temporadas como júnior, Rodrigues aparece na equipa principal do Juventude de Évora na época de 1965/66, disputando o Campeonato Nacional da 3ª Divisão.

A turma alentejana, onde se destacava as sensacionais exibições do guardião Rodrigues, acabou por vencer a sua serie, acabando apenas eliminado pelo CD Montijo nos quartos de final da competição.

Até então, o futebol para Rodrigues era puramente amador, pois desempenhava a função de polidor de móveis onde ganhava o seu dia-a-dia. Todavia as qualidades do jovem alentejano como futebolista eram inegáveis e não passavam despercebidas a ninguém.

Nessa altura surgem os privilegiados amigos do Vitoria SC na região alentejana que logo indicaram a contratação de Rodrigues ao clube vimaranense. Foi contratado pelo Vitoria SC no início da temporada de 1966/67, com apenas 18 anos de idade, tornando-se, a partir de então, profissional de futebol.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1966/67)
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Celebrou um contrato valido por três temporadas com o clube vimaranense, onde começou por auferir um salário de 2.500$00. Já o Vitoria SC teve que pagar uma considerável compensação ao Juventude de Évora, uma quantia suficiente para, naquela altura, o clube alentejano ter conseguido electrificar o seu campo de jogos.

Em Guimarães encontrou como treinador o francês Jean Luciano e, pela frente, o sensacional guardião Roldão, inquestionável titular da baliza do Vitoria SC. Porem, jovem e com qualidade, Rodrigues foi apreendendo e evoluindo na equipa de reservas do Vitoria SC até fixar-se na equipa principal.

Inicialmente Rodrigues deixou algumas vezes o seu posto de guarda-redes para ocupar funções mais avançadas no terreno. É verdade que em algumas ocasiões também foi possível verificar a habilidade de Rodrigues jogando como ponta de lança da equipa de reservas do Vitoria SC. Mas seria mesmo como guarda-redes que Rodrigues se tornou notável no futebol português durante a sua carreira de futebolista ao serviço do Vitoria SC.

A estreia de Rodrigues na baliza do Vitoria SC ocorreu durante uma digressão do Vitoria SC por Espanha. O primeiro jogo fê-lo em na cidade espanhola de Alicante, frente ao Hércules CF, numa partida disputada à meia-noite e onde Rodrigues encaixou quatro golos.


Na sua primeira época em Guimarães, Rodrigues jogou apenas um jogo oficial pela equipa principal do Vitoria SC, concretamente, uma partida a contar para a Taça de Portugal.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1966/67, onde o Vitoria SC terminou classificado na 6ª posição, Rodrigues não realizou qualquer partida, perante a titularidade inquestionável de Roldão e onde o guarda-redes Arnaldo foi suplente mais utilizado.

A mesma situação se repetiu na temporada seguinte de 1967/68, já com o treinador Juca no comando da equipa do Vitoria SC. Roldão continuou como titular indiscutível da baliza do Vitoria SC, enquanto Giesteira foi o guardião suplente mais utilizado, quedando-se Rodrigues como guarda-redes da equipa reservas que venceu o campeonato distrital.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão o Vitoria SC tornou a classificar-se na 6ª posição da tabela classificativa, sem que o guarda-redes Rodrigues tenha actuando em qualquer encontro, resumindo-se a sua participação na equipa principal a um jogo na Taça de Portugal.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1967/68)
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(Rodrigues no Vitoria SC)
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(Equipa de reservas do Vitoria SC na época 1967/68)
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(Rodrigues jogando como avançado centro num desafio entre o Vitoria SC e o FC Porto a contar para o Campeonato Regional de Reservas na temporada de 1967/68)
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Por isso, foi com enorme surpresa e alguma apreensão, que os simpatizantes vitorianos viram Rodrigues ser lançado como titular na equipa principal no inicio da temporada de 1968/69 pela mão do técnico brasileiro Jorge Vieira.

Verificou-se então que o período de dois anos que Rodrigues passou na formação de reservas não fizeram estagnar a sua evolução. Alias, bem pelo contrário, Rodrigues, com apenas 20 anos de idade, revelou enorme maturidade e comprovou, com brilhantes exibições, toda a sua capacidade para a função.

Realizando uma temporada sensacional, Rodrigues rapidamente convenceu, mesmo aqueles que consideravam precipitada a sua escolha para o posto de guarda-redes da equipa principal do Vitoria SC.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1968/69)
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(Rodrigues no Vitoria SC)
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Foi, inquestionavelmente, uma das grandes revelações do futebol português na época de 1968/69, ao ponto de ter sido considerado um dos melhores guarda-redes nacionais e ter estado nos trabalhos da selecção nacional de promessas.
Foi uma época recheada de grandes intervenções e onde demonstrou todas as suas credenciais, destacando-se, classicamente, na recordação da carreira de Rodrigues, uma espantosa exibição em pleno Estádio da Luz frente ao SL Benfica, onde o Vitoria SC conseguiu uma igualdade a 0-0

O Vitoria SC deslocou-se ao Estádio da Luz para defrontar o SL Benfica num encontro a contar para a 9ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1968/69. O SL Benfica, inquestionavelmente uma grande equipa e recheada das maiores estrelas do futebol português, não perdia um só ponto que fosse no Estádio da Luz à mais de 40 jogos.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1968/69)
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(Rodrigues no Vitoria SC)
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A equipa do Vitoria SC apresentou-se naquela tarde muito tranquila, fria e calculista, com uma defesa férrea e um guarda-redes, o jovem alentejano Rodrigues, verdadeiramente sensacional.

O Vitoria SC manietou completamente a equipa do SL Benfica, marcando com rigor as principais pedras do esquema da formação encarnada, assumindo a posse de bola como que a escondendo do adversário.

Apesar de todas as contrariedades como o poderio do adversário e jogando com um homem a menos, o Vitoria SC conseguiu aguentar a pressão e a superioridade numérica do SL Benfica alcançando um empate a 0-0, conquistado assim um ponto precioso em pleno Estádio da Luz.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1968/69)
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(Perante um lotado Estádio da Luz mais uma intervenção arrojada do guarda-redes do Vitoria SC no desafio entre o SL Benfica e a equipa vimaranense na época de 1968/69)
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Antes disso, todavia, haverá que recordar aquele que foi o primeiro jogo de Rodrigues no Campeonato Nacional da 1ª Divisão. Essa estreia ocorreu no Estádio Municipal de Guimarães, concretamente, no dia 8 de Setembro de 1968, na partida da 1ª jornada da prova, frente ao Leixões SC, onde o resultado final cifrou-se um empate a 0-0.

A sensacional equipa do Vitoria SC da época de 1968/69, que conseguiria alcançar um 3º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão e o primeiro apuramento europeu na história do clube, caracterizava-se, defensivamente, como um bloco praticamente intransponível.

Esse sector era composto de jogadores de inegável valor e que, afinal, também contribuíram para a ascensão de Rodrigues. Os defesas laterais com a qualidade de Gualter, Daniel ou Costeado e um duo de defesas centrais como Joaquim Jorge e Manuel Pinto - que se tornaram mesmo na dupla de centrais da Selecção Nacional – compunham, verdadeiramente, uma defesa de grande nível.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1968/69)
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(Rodrigues no Vitoria SC)
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De resto, o registo como a defesa menos batida do Campeonato Nacional da 1ª Divisão é disso o maior exemplo. A este propósito, o jovem vitoriano Rodrigues, a quem já todos auguravam uma auspiciosa carreira, foi mesmo agraciado com um premio nacional como o guarda-redes menos batido da competição, logo no ano de estreia na alta roda do futebol português.

Rodrigues era um guarda-redes com uma óptima compleição física e altura, sóbrio, com óptimos reflexos e poder de elevação, corajoso e audaz, e muito seguro nas suas intervenções.

Não era um guardião de grandes acrobacias ou defesas vistosas desnecessárias. Era, acima de tudo, muito prático e simples, mas ao mesmo tempo com uma indispensável eficácia.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1968/69)
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(Intervenção de Rodrigues na partida entre o Vitoria SC - Vitória de Setubal na temporada de 1968/69 no Estádio Municipal de Guimarães)
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Para estar no pleno das suas aptidões era, contudo, necessário uma forma física exemplar e constante, algo que nem sempre Rodrigues conseguia manter. Por isso, exigia-se-lhe uma preparação física estável para manter intacta a sua flexibilidade, reflexos e o poder de elevação.

Na época de 1968/69 Rodrigues foi totalista na equipa do Vitoria SC durante o Campeonato Nacional da 1ª Divisão e na Taça de Portugal, relegando para o banco de suplentes o lendário guarda-redes vitoriano Roldão.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1968/69)
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(Rodrigues a receber o prémio de guarda-redes menos batido no Campeonato Nacional da 1ª Divisão na temporada de 1968/69)
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Depois da sensacional temporada de 1968/69, a época seguinte ficou marcada, sobretudo, pela presença do Vitoria SC, pela primeira vez na sua história, nas competições internacionais de clubes, concretamente, a Taça das Cidades com Feiras.

Alem disso, nesta época de 1969/70, o Vitoria SC voltou a realizar um excelente Campeonato Nacional da 1ª Divisão, terminando em 5º lugar e garantindo, novamente, a presença nas provas da UEFA, voltando Rodrigues a ser o guarda-redes mais utilizado pelo conjunto vimaranense.
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(Plantel do Vitoria SC na época de 1969/70)
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(O guarda-redes do Vitoria SC, Rodrigues)
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Fez 19 jogos na principal competição portuguesa, 3 na Taça de Portugal, e 2 jogos na Taça das Cidades com Feiras, quedando-se Roldão como suplente mais vezes utilizado pelo técnico brasileiro Giba e depois Fernando Caiado.

Como se disse, a estreia do Vitoria SC nas competições internacionais de clubes verificou-se na época de 1969/70, sendo o seu primeiro adversário a equipa do Banik Ostrava, uma das melhores equipas do futebol da Checoslováquia.
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1969/70)
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(Numa curiosa imagem o guarda-redes Rodrigues persegue um cão que entrou dentro do terreno de jogo)
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Nesta 1ª eliminatória da Taça das Cidades com Feiras, Rodrigues não alinhou em nenhum dos jogos frente à equipa da Checoslováquia. A sua estreia no plano internacional deu-se apenas nos encontros da 2ª eliminatória frente aos ingleses do Southampton FC.

O seu primeiro jogo, assim, disputou-o no dia 4 de Novembro de 1969, uma terça-feira à tarde, no Estádio Municipal de Guimarães, perante milhares de adepto, o qual terminou empatado a 3-3.

No jogo da 2ª mão em Inglaterra o Vitoria SC acabou vergado a todas as contrariedades e perdeu por 5-1 com Southampton FC, acabando, desta forma, eliminado da Taça das Cidades com Feiras, a precursora da actual Taça Uefa ou Liga Europa.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1969/70)
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(Caricatura de Rodrigues no Vitoria SC)
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A temporada seguinte de 1970/71, marcada pelo regresso do brasileiro Jorge Vieira ao comando técnico da equipa do Vitoria SC, Rodrigues partilhou a titularidade na baliza vimaranense com o conceituado guardião português Gomes.

Colectivamente, a equipa do Vitoria SC, não atingiu os sucessos alcançados nas épocas anteriores. A prestação da equipa do Vitoria SC ao longo desta época foi bastante medíocre, tendo garantido a manutenção, apenas, na última jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

Voltou a jogar dois jogos nas competições internacionais de clube ao serviço do Vitoria SC, participando, concretamente, nos dois jogos da 2ª eliminatória da Taça das Cidades com Feiras frente aos escoceses do Hibernian FC.
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(Plantel do Vitoria SC na época de 1970/71)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1970/71)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1970/71)
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Depois dos enormes sobressaltos vividos na temporada anterior, o Vitoria SC procedeu no defeso da época de 1971/72 a uma profunda revolução no quadro de jogadores do seu plantel principal. Para liderar o projecto de renovação da equipa do Vitoria SC foi contratado o treinador Mário Wilson, técnico conceituado e com provas dadas no futebol português.

Com a chegada de Mário Wilson ao Vitoria SC, Rodrigues passou para a condição de suplente de Gomes. Ainda assim alinhou em 10 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão em que a equipa vitoriana ficou classificada no 6º lugar da tabela geral.
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(Plantel do Vitoria SC na época de 1971/72)
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(Rodrigues no Vitoria SC na temporada de 1971/72)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1971/72)
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(Plantel do Vitoria SC na temporada de 1971/72)
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(Rodrigues em acção num desafio entre o Vitoria SC e o Sporting CP na temporada de 1971/72 no Estádio Municipal de Guimarães)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1971/72)
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Seguiu-se a temporada de 1972/73 onde o guarda-redes Rodrigues voltou a assumir a titularidade da baliza do Vitoria SC relegando o jovem José Maria para o banco de suplentes.

Nesta época, Rodrigues realizou 19 jogos na liga principal do futebol português, onde o Vitoria SC, realizando uma boa prestação, repetiu a classificação obtida na temporada anterior, conseguindo um novo 6º lugar na classificação geral.

Em 1973/74, Rodrigues apenas falhou um jogo do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, actuando assim em 29 partidas da competição, onde o Vitoria SC voltou a classificar-se na 6ª posição da tabela classificativa.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1973/74)
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(Rodrigues o guarda-redes do Vitoria SC na temporada de 1973/74)
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Apesar da chegada do valoroso guarda-redes Sousa, contratado no início da temporada, Rodrigues não deu qualquer veleidade ao seu concorrente directo. Alias, apesar de Sousa ter permanecido em Guimarães durante quatro épocas nunca foi capaz de relegar definitivamente o guardião Rodrigues para o banco de suplentes.

Nesta temporada de 1973/74, as exibições de Rodrigues foram bastante elogiadas pela crítica desportiva, considerando-o mesmo um dos baluartes da equipa do Vitoria SC nesta óptima no Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1973/74)
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(Intervenção de Rodrigues num desafio frente ao Sporting CP no Estadio Municipal de Guimarães na época de 1973/74)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1973/74)
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A temporada de 1974/75 foi preparada de forma bastante cuidada e houve uma efectiva aposta no reforço do plantel principal do Vitoria SC. O desempenho do clube ao longo da época de 1974/75 foi sem duvida o melhor de toda a década de 70, altura em que a renovação operada no inicio da temporada de 1971/72, com a chegada de Mário Wilson ao clube, começou visivelmente a dar os seus frutos.

O Vitoria SC terminou o Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1974/75 no 5º lugar da tabela classificativa, falhando o apuramento para as competições internacionais apenas na ultima jornada quando foi derrotado, em Guimarães, pelo Boavista FC numa celebre arbitragem de António Garrido.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1974/75, Rodrigues actuou em 22 jogos, assumindo a condição de titular, enquanto o guarda-redes Sousa continuava como seu suplente mais utilizado.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1974/75)
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(Apresentação da equipa do Vitoria SC na época de 1974/75)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1974/75)
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(Imagem do celebre jogo entre o Vitoria SC e o Boavista FC no Estádio Municipal de Guimarães na época de 1974/75. Neste lance J. Alves executa o penalty perante a estirada de Rodrigues)
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Depois da enorme frustração vivida no final da época de 1974/75, o Vitoria SC lançou-se na nova temporada de 1975/76 com consideráveis alterações na equipa principal. Desde logo, houve mudança no comando da equipa técnica do Vitoria SC, com a saída de Mário Wilson, que foi treinar o SL Benfica, e o regresso de Fernando Caiado a Guimarães.

Mesmo assim Rodrigues manteve-se como guarda-redes principal do Vitoria SC, actuando em 21 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão na época de 1975/76, onde os vimaranenses terminaram a prova, novamente, no 6º lugar da classificação geral.

No final da época de 1975/76, o Vitoria SC, com o guarda-redes Rodrigues na baliza, jogou a final da Taça de Portugal, no Estádio das Antas, frente ao Boavista FC. A turma boavisteira venceu o decisivo encontro por 2-1, partida onde o árbitro António Garrido, o juiz escolhido para apitar a final, fez uma das suas habilidosas arbitragens impedindo a equipa vimaranense de levantar o troféu.
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1975/76)
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(Rodrigues no Vitoria SC na temporada de 1975/76)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1975/76)
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(O guarda-redes do Vitoria SC Rodrigues)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1975/76)
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(Rodrigues no Vitoria SC)
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(Equipa do Vitoria SC na temporada de 1975/76)
. (Rodrigues no Vitoria SC na época de 1975/76)
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(Equipa do Vitoria SC na final da Taça de Portugal de 1975/76)
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(Rodrigues no Vitoria SC na época de 1975/76)
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Seguiu-se a temporada de 1976/77, aquela que seria a ultima época de Rodrigues como guarda-redes principal do Vitoria SC, embora, jogando apenas em 18 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, pode dizer-se que terá partilhado a titularidade na baliza vimaranense com Sousa.

Durante aquela época, a equipa do Vitoria SC andou sempre pela metade baixa da tabela classificativa, garantindo matematicamente a manutenção nas últimas jornadas, com um triunfo num jogo decisivo frente ao Leixões SC disputado no Estádio Municipal de Guimarães. O Vitoria SC terminaria a temporada de 1976/77 numa tranquila 9ª posição da tabela geral do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
(Plantel do Vitoria SC na temporada de 1976/77)
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(Rodrigues no Vitoria SC na época de 1976/77)
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(Jogo entre a Académica de Coimbra e o Vitoria SC no Estádio Municpal de Coimbra. Posturas acrobáticas do guarda-redes do Vitoria SC Rodrigues e o avançado conimbricense Joaquim Rocha)
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(Rodrigues o guarda-redes do Vitoria SC)
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(Rodrigues, o n.º 1, em acção neste desafio entre o Sporting CP e o Vitoria SC)
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(Aqui num desafio no Estádio do Bonfim frente ao Vitória de Setúbal)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1976/77)
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(O n.º 1 Rodrigues vai ao fundo das malhas buscar a bola depois de um golo da equipa do Sporting CP neste encontro frente ao Vitoria SC na época de 1976/77 no Estádio José de Alvalade)
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(Rodrigues no Vitoria SC)
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(No Estádio José de Alvalade com o tipico chapéu de guarda-redes na época)
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(Agora no Estádio Municipal de Guimarães, Rodrigues arrojado vai ao relvado segurar o esférico)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1976/77)
. (Frente ao CD Montijo, Rodrigues segura a bola com confiança)
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(Rodrigues no Vitoria SC na época de 1976/77)
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(Rodrigues no centro da area)
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Em 1977/78 dá-se o regresso do treinador Mário Wilson ao comando técnico da equipa do Vitoria SC. No início dessa temporada o Vitoria SC contratou aquele que viria a ser o sucessor de Rodrigues na baliza vimaranense.

Proveniente do CF Belenenses chega a Guimarães o guarda-redes Melo. O guardião Melo assume, desde logo, a titularidade na baliza do Vitoria SC e, pelos seus notáveis desempenhos, deixa pouca margem de acção a Rodrigues.

Consequentemente, Rodrigues foi relegado para o banco de suplentes, razão pela qual, durante a época de 1977/78 actuou somente em 6 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, onde o Vitoria SC terminou, mais uma vez, classificado na 6ª posição da tabela geral.
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(Plantel do Vitoria SC na temporada de 1977/78)
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(Rodrigues no Vitoria SC)
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(Jogo entre o Vitória de Setubal - Vitoria SC)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1977/78)
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(Rodrigues no Vitoria SC na temporada de 1977/78)
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(Equipa do Vitoria SC na época de 1977/78)
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(O guarda-redes Rodrigues)
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Chegou, entretanto, a época de 1978/79, a temporada que marcou o final da carreira de Rodrigues como jogador profissional de futebol, com apenas 31 anos de idade. A verdade é que Rodrigues já há muito tempo havia acautelado o seu futuro, lançando-se com sucesso no mundo empresarial.

Por isso, talvez, o futebol tenha passado para segundo plano e, apesar da idade, muito jovem ainda para a função de guarda-redes, Rodrigues tenha decidido abandonar a pratica da modalidade quando finalizava contrato com o Vitoria SC.
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(Plantel do Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Rodrigues o guarda-redes do Vitoria SC)
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Por outro lado, a temporada de 1978/79 foi recheada de inúmeras circunstancias negativas que prejudicaram a prestação do Vitoria SC ao longo do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.

Vários acontecimentos geraram um profundo e insanável conflito entre a Direcção do Vitoria SC e o treinador Mário Wilson. O Velho Capitão não terminou a temporada de 1978/79 no comando da equipa, acabando por ser demitido do cargo de treinador do Vitoria SC.

Ainda assim a formação vitoriana finalizou a principal competição portuguesa na 6ª posição da classificação geral, tendo Rodrigues alinhado em apenas 3 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão. De facto, Melo era dono e senhor da baliza do Vitoria SC e Rodrigues, pela segunda época consecutiva, era o guarda-redes suplente.
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(Rodrigues numa sessão de treino do Vitoria SC na montanha da Penha)
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Fez o seu jogo de despedida com a camisola do Vitoria SC no dia 17 de Junho de 1979, no Estádio Municipal de Coimbra, frente ao Académico de Coimbra no encontro da última jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1978/79.

Tratava-se de um jogo sem grande história, na verdade, pois ambas as equipas tinham a sua situação completamente definida na competição. O Vitoria SC falhara o apuramento europeu, embora ainda pudesse ter chegado ao 5º lugar, enquanto o Académico de Coimbra tinha o destino traçado em direcção à 2ª Divisão Nacional.

Este jogo será, porem, eternamente recordado por Rodrigues, guarda-redes do Vitoria SC, e Gervásio, celebre capitão conimbricense, pois ambos os atletas tiveram nesta partida oficial o seu jogo de despedida dos campos nacionais.

Sem grande valor, é certo, cabe apenas referir que o resultado final dessa histórica partida saldou-se num 2-2, com Mane e Almiro a marcar para o Vitoria SC e Cavaleiro a ser o autor de ambos os golos do Académico de Coimbra.
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(Francisco Rodrigues)
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O célebre guarda-redes do Vitoria SC Francisco Rodrigues constituiu família e radicou-se definitivamente na cidade de Guimarães. Desenvolveu a sua actividade no mundo empresarial, mas nunca deixou de acompanhar e vibrar com o seu clube de coração, o Vitoria SC, clube que serviu com muita dignidade e profissionalismo.


Autor: Alberto de Castro Abreu

Excelente blog, tambem tenho um sobre futebol, dá uma espreita:

http://portuguesesnoestrangeiro.wordpress.com/
 
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