Glórias do Passado: Alfredo

 

Alfredo


Alfredo da Costa Silva Guimarães é natural da cidade de Guimarães e nasceu no dia 11 de Abril de 1954, tendo feito a maior parte da sua carreira de jogador profissional de futebol no Vitoria de Guimarães, clube que representou durante cerca de dez temporadas. Foi, aliás, no clube da sua cidade natal que fez também a sua formação futebolística e onde viria a despontar para o futebol nacional, tendo atingindo a equipa sénior do Vitoria muito jovem e chegado mesmo a representar a selecção de Portugal no escalão de esperanças.

Alem do Vitoria de Guimarães, Alfredo representou ainda na 1ª Divisão Nacional o CF Belenenses, o GD Chaves e o GC Alcobaça, na única época em que este clube do distrito de Leiria disputou o principal escalão do futebol português.

Alfredo notabilizou-se como um defesa lateral, preferencialmente no lado esquerdo, apesar de no início da sua carreira ocupar sectores bem mais avançados no terreno. É que, enquanto júnior do Vitoria, Alfredo actuava normalmente na posição de ponta de lança e só mais tarde, já como elemento da equipa principal, é que passou a jogar na posição de defesa lateral, ora no lado direito da defensiva ora no lado inverso.

Caracterizava-se, essencialmente, por ser um jogador de baixa estatura com velocidade e muita técnica. Devido à sua formação ofensiva de base fazia com enorme facilidade todo o corredor integrando-se nas manobras atacantes da equipa com destreza e eficiência. Alias, naquele tempo o futebol era esquematicamente bem mais aberto e ofensivo o que permitia a que jogadores como Alfredo pudessem evidenciar-se.
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O jovem Alfredo depois de regressar de França, onde viveu com os seus pais que ali foram emigrantes, inscreveu-se com 16 anos na equipa de juvenis do Vitoria na época de 1970/71. Na altura, mais conhecido entre os colegas pela alcunha de “Michel”, o jovem Alfredo revelou qualidades assinaláveis que imediatamente despertaram a atenção dos responsáveis vimaranenses.
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(Equipa de Juvenis do Vitoria SC na época de 1970/71, com o técnico José Jacinto de Sousa - mais conhecido por "maeolhaela" - o qual foi treinador do Vitória SC nas camadas jovens cerca de duas décadas, tendo sido também funcionário do clube até a decada de 90)
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As qualidades intrínsecas do jogador foram devidamente exploradas e potenciadas por “mestres” da formação, como era o caso de António Peres ou Augusto Barreira, treinadores do futebol jovem do Vitoria, antigos jogadores do clube, que acompanharam a evolução de Alfredo, que integrava uma geração de jogadores vimaranenses com muita qualidade e que atingiram plano de destaque na historia do clube como os casos de Ibraim e Abreu.

Destaca-se nesta altura, a sua eleição como segundo melhor jogador de um famoso torneio de juniores organizado pelo SL Benfica. Alfredo evidenciou-se com a camisola do Vitoria, sendo considerado o atleta que mais se notabilizou naquela prova logo a seguir a Sheu, que representava os benfiquistas, que venceu aquela categoria como não poderia deixar de ser, não fosse aquela competição organizada pelo departamento de formação dos encarnados.

Em 1972/73 apesar de ainda jogar na equipa de juniores já integrava na plenitude os treinos do plantel principal do Vitoria às ordens de Mário Wilson. Fez o seu primeiro jogo na equipa sénior do Vitoria com apenas 18 anos de idade precisamente na temporada de 1972/73, numa época onde também foram lançados por Mário Wilson na principal equipa do Vitoria os jovens Abreu, Ibraim e Romeu.

Nesta primeira época da sua carreira no futebol sénior do Vitoria, Alfredo ainda actuava como ponta de lança na equipa de juniores e na equipa principal participou somente em um jogo, que foi o da estreia, sem ter apontado qualquer golo.
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Na época de 1973/74, o Vitoria às ordens de Mário Wilson, tinha uma equipa muito forte, essencialmente na zona ofensiva, pelo que as oportunidades para Alfredo jogar eram escassas apesar do treinador ter uma especial apetência por lançar jovens valores no futebol português. Esteve, por isso, nesta temporada cedido a titulo de empréstimo à AD Fafe, onde se notabilizaria na posição de extremo esquerdo, sendo considerado mesmo, nesta época, como o melhor jogador da equipa fafense.
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(Vitoria SC na temporada de 1973/74)
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Seguiu-se a temporada de 1974/75 onde Alfredo era já um valor seguro no plantel do Vitoria. Neste ano Alfredo alinhou em 18 partidas tendo concretizado 1 golo. Golo esse que de resto fica para a historia pela expressão utilizada por um dos repórteres radiofónicos presentes naquele encontro.

A história deste golo conta-se de forma simples. Alfredo estava no banco de suplentes do Vitoria no encontro disputado no Estádio Municipal de Guimarães frente ao FC Porto a contar para a 23ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 1974/75. O FC Porto visitava Guimarães envolvido na luta pelo título de Campeão Nacional com o SL Benfica, que de resto conquistaria o ceptro, e o Sporting CP.

Nesse jogo o Vitoria estava a vencer a equipa do FC Porto por 1-0 quando o treinador dos vimaranenses Mário Wilson ordenou que Alfredo iniciasse os exercícios de aquecimento. Alfredo acabou por entrar para o terreno de jogo a cinco minutos do final do encontro para substituir Custodio Pinto e com ordens expressas do treinador para se colocar na frente de ataque do Vitoria ao lado do brasileiro Jeremias.

O FC Porto carregava o Vitoria na busca incessante pelo golo da igualdade, que lhe permitisse não se distanciar em demasia dos seus principais opositores na luta pelo título, já por seu turno a entrada em campo de Alfredo visava explorar as situações de contra ataque.
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Passados pouco tempo após ter entrado em campo, Alfredo apontou o segundo golo da equipa do Vitoria, carimbando definitivamente a vitória dos vimaranenses naquele encontro sobre os portistas. Na altura, o evidente desespero do guarda-redes portista Tibi, impotente para evitar o golo de Alfredo, foi catalogado por um repórter radiofónico presente no Estádio Municipal de Guimarães com uma expressão que ficou famosa na época: “Não adianta chorar Tibi, vai busca-la no fundo”.
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(Vitoria SC na época de 1974/75)
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Nesta época de 1974/75, como confirma os números, Alfredo foi utilizado com maior regularidade, todavia ainda o fazia algumas vezes em posições mais adiantadas no terreno de jogo. As zonas laterais da defesa do Vitoria estavam ainda entregues a Ramalho e a Osvaldinho que, de resto, no decurso desta temporada tornou-se mesmo em internacional pela Selecção A de Portugal.

Ao nível desportivo, o Vitoria Sport Clube da temporada de 1974/75 apresentava muita qualidade e um futebol espectáculo largamente elogiado pela crítica desportiva. Todavia, a ponta final da época ficou marcada por episódios que impediram o Vitoria de atingir patamares mais altos que lhe permitissem o acesso às competições europeias.

O 4º lugar no Campeonato Nacional da 1ª Divisão de 1974/75, que permitia o acesso as competições internacionais de clubes na época seguinte, decorria de um luta titânica entre o Vitoria de Guimarães e o Boavista FC. Curiosamente o ultimo jogo do Vitoria no Campeonato Nacional da 1ª Divisão naquela temporada disputava-se no Estádio Municipal de Guimarães precisamente frente ao Boavista FC.

O jogo era por isso decisivo para o 4º lugar. O Vitoria tinha uma vantagem de 2 pontos sobre os boavisteiros e um empate era um desiderato suficiente naquele encontro para a turma vitoriana garantir o apuramento europeu.

Acontece, que essa tarde de futebol teve um inesperado protagonista que influenciou decisivamente, segundo os relatos da época, o resultado final que veio a ser favorável aos boavisteiros por 1-2. António Garrido, o juiz do encontro, teve uma arbitragem apelidada de miserável prejudicando gravemente o Vitoria. Diversos foram os lances em que deliberadamente - assim pareceu aos adeptos do Vitoria na altura – decidiu mal e contra o Vitoria de onde se destaca o inacreditável golo anulado ao Vitoria por António Garrido que entendeu que a bola não havia ultrapassado a linha de golo.
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Com esta vitória em Guimarães, o Boavista FC alcançou o 4º lugar na geral garantindo dessa forma o acesso às provas internacionais de clubes ficando o Vitoria apenas com a 5ª posição na principal prova nacional.
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(Vitoria SC na temporada de 1974/75)
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Na temporada de 1975/76 os vimaranenses tinha um novo técnico, o português Fernando Caiado, que substituía assim no cargo de treinador do Vitoria Mário Wilson que havia assumido as funções de técnico principal do SL Benfica. Apesar da mudança no comando técnico o Vitoria voltou a classificar-se na 6ª posição da tabela geral do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, lugar mais repetido pelo clube na década de 70.
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Mas é com Fernando Caiado que Alfredo se fixa na posição de defesa lateral. Faz a sua estreia naquela posição num encontro que o Vitoria disputou no Estádio José de Alvalade em Lisboa frente ao Sporting CP. Ainda antes do intervalo desse desafio Alfredo entrou na equipa do Vitoria para o lugar de Ramalho indo assim ocupar a posição de lateral direito.
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(Vitoria SC na época de 1975/76)
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(Vitoria SC - Sporting CP na Taça de Portugal da temporada de 1975/76)
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(Vitoria SC na final da Taça de Portugal na temporada de 1975/76)
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Alfredo logo se destacou nessa partida não só a defender como também em acções ofensivas da equipa vitoriana que alcançaria nesse encontro um empate a 1-1. A grande exibição de Alfredo nesse encontro foi suficiente para garantir a titularidade e permanecer naquele lugar ate ao final da temporada. Alfredo jogou na temporada de 1975/76, 14 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão não tendo apontado qualquer golo.

O ponto alto da equipa do Vitoria na época de 1975/76 foi mesmo a presença na final da Taça de Portugal que seria disputada no Estádio das Antas, frente ao Boavista FC. O Vitoria que havia eliminado o FC Famalicão (1-0), o FC Belenenses (3-1), FC Porto (2-1) encontrou nas meias-finais da prova o Sporting CP. Nesse jogo disputado em Guimarães, o Vitoria conseguiu derrotar a equipa de Alvalade por 2-1, com golos de Abreu e Ferreira da Costa e assim seguir rumo a final da competição.

O adversário nessa final foi o Boavista FC treinado por José Maria Pedroto que acabou por vencer o decisivo encontro por 2-1, com o golo do Vitoria a ser apontado por intermédio de Rui Lopes. Nesse encontro, Alfredo foi titular actuando na posição de lateral direito, formando o quarteto defensivo juntamente com Torres, Rui Rodrigues e Osvaldinho.
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A derrota nesta final da Taça de Portugal foi seguramente um dos momentos mais tristes da carreira de Alfredo. A verdade é que um dos grandes responsáveis para esse desiderato seria novamente o árbitro António Garrido, juiz escolhido para apitar a final, que fez uma vez mais uma das suas habilidosas arbitragens impedindo clamorosamente a equipa do Vitoria de conquistar o troféu.
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(Vitoria SC na temporada de 1975/76)
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Foi contudo na época de 1976/77 que Alfredo se afirmou definitivamente como titular indiscutível na equipa do Vitoria de Guimarães que continuava a ser tecnicamente liderada por Fernando Caiado. Nessa época actuou em 29 encontros onde conseguiu concretizar 2 golos para o Vitoria.
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Inicialmente, o quarteto defensivo utilizado nesta época incluía Alfredo na posição de lateral esquerdo relegando assim o internacional Osvaldinho para o banco de suplentes. Mais tarde, actuou também como lateral direito, essencialmente porque Celton - defesa central brasileiro contratado ao Gil Vicente FC no principio da temporada – não se conseguia afirmar na equipa do Vitoria, passando Ramalho, por algumas vezes, a fazer dupla de centrais com Torres.
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(Vitoria SC na temporada de 1976/77)
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(Alfredo no Estádio da Luz em 1976/77)
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(Na época de 1976/77 no CF Belenenses - Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1976/77)
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(Alfredo no Vitoria SC)
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A equipa do Vitoria andou sempre pela metade baixa da tabela classificativa nesta época de 1976/77, apenas garantindo matematicamente a manutenção num jogo decisivo frente ao Leixões SC no Estádio Municipal de Guimarães em que os vimaranenses venceram por 2-0 com ambos os tentos a ser apontados por Tito. O Vitoria terminaria a época numa tranquila 9ª posição da tabela geral do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
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(SL Benfica - Vitoria SC na temporada de 1976/77)
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(Vitoria SC na época de 1976/77)
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(Alfredo no Vitoria SC na época de 1976/77)
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(Alfredo no Vitoria SC)
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(Ao serviço do Vitoria SC na época de 1976/77)
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(Vitoria SC - SL Benfica na época de 1976/77 no Torneio Internacional de Braga)
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Em 1977/78 dá-se novamente o regresso do treinador Mário Wilson ao comando técnico da equipa do Vitoria de Guimarães. Com o velho capitão, Alfredo manteve a titularidade indiscutível na equipa do Vitoria, formando o quarteto defensivo da equipa maioritariamente com Ramalho, Torres e Soares, um defesa central entretanto contratado ao SC Beira Mar.
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Não tendo apontando qualquer golo nesta época, Alfredo alinhou em 29 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão onde o Vitoria foi mais uma vez o 6º colocado no final da competição.
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(Vitoria SC na época de 1977/78)
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(Desarma Vitor Baptista do SL Benfica)
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(Vitoria SC na época de 1977/78)
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(Na defesa do Vitoria SC no Estádio da Luz frente ao SL Benfica)
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(Vitoria SC na época de 1977/78)
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(Vitoria SC na temporada de 1977/78)
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(Alfredo no Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1977/78)
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(Alfredo no Vitoria SC)
. (No Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1977/78)
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Na época de 1978/79 já Alfredo com 24 anos de idade era um valor seguro do futebol português. Ainda com Mário Wilson no comando da equipa do Vitoria, que mais tarde veio a ser substituído pelo seu adjunto Daniel Barreto, Alfredo foi novamente titular a época inteira, realizando 29 encontros no Campeonato Nacional sem concretizar qualquer tento.
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(Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Caricatura de Alfredo)
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(Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Alfredo no Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Alfredo equipado no Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Caricatura de Alfredo com as cores do Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Na epoca de 1978/79 no Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Alfredo no Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Vitoria SC na época de 1978/79)
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(Alfredo)
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(Alfredo no Vitoria SC na época de 1978/79)
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Conheceria o seu terceiro treinador no futebol profissional do Vitoria naquele que foi o seu último ano com o emblema de D. Afonso Henriques ao peito. Na época de 1979/80 o treinador argentino Mário Imbelloni, que mais tarde foi substituído pelo seu adjunto Cassiano Gouveia, não manteve Alfredo como titular indiscutível na equipa do Vitoria. Dividiu a posição de lateral esquerdo com Gregório Freixo, mas mesmo assim ainda alinhou em 24 partidas oficiais do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, tendo apontado 2 golos naquela prova em que o Vitoria foi 6º classificado.
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No final da época, Alfredo não renovou o contrato com o Vitoria e dessa forma prosseguiu a sua carreira profissional no CF Belenenses com quem se vinculou por duas temporadas.
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(Vitoria SC na época de 1979/80)
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(Alfredo no Vitoria SC)
. (Caricatura de Alfredo no Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1979/80)
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(Alfredo no Vitoria SC)
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(Alfredo no Vitoria SC)
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(Vitoria SC na época de 1979/80)
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(Alfredo)
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Na primeira época ao serviço do CF Belenenses alinhou em 19 partidas do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 1980/81 tendo sido autor de um golo com a camisola do clube da cruz de Cristo. O CF Belenenses foi o 11º classificado no Campeonato Nacional, numa época em que teve como treinadores Peres Bandeira e mais tarde Jimmy Hagan.
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(CF Belenenses na época de 1980/81)
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(No CF Belenenses na temporada de 1980/81)
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(CF Belenenses na época de 1980/81)
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(Em 1980/81 no CF Belenenses)
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(CF Belenenses na temporada de 1980/81)
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(Em acção pelo CF Belenenses na época de 1980/81)
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Bem mais conturbada seria porém a época seguinte de 1981/82 no CF Belenenses que acabou de descer à 2ª Divisão Nacional, pois não foi alem da 15ª posição na tabela classificativa. Alfredo alinhou em 17 partidas ao serviço do CF Belenenses que nesta temporada teve, imagine-se, 8 equipas técnicas.
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Começou como treinador dos azuis do Restelo na temporada de 1981/82 o jovem Artur Jorge que mais tarde seria substituído pelo Prof. Nelo Vingada. Seguiram-se no cargo Pedro Gomes, depois a dupla Nelo Vingada e Carlos Pereira e mais tarde Rodrigues Dias. Mas não se ficou por aqui. A equipa do CF Belenenses teve ainda como treinadores a dupla Manuel Castro e António Domingues, que foi também substituída por Júlio Amador, que por fim, também cederia o lugar a Vicente Lucas.
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(CF Belenenses na época de 1981/82)
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(Alfredo no CF Belenenses)
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(CF Belenenses na época de 1981/82)
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Na temporada de 1982/83 representou ainda na 1ª Divisão Nacional a equipa do GC Alcobaça que pela primeira vez disputava a principal divisão do futebol português, naquele que foi o ponto da história do clube da cidade Alcobaça no distrito de Leiria.
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Ascendeu à 1ª Divisão Nacional, após ter vencido a Zona Centro do Campeonato Nacional da 2ª Divisão na época anterior sob o comando técnico do treinador Dinis Vital. Nessa altura, era presidente da Direcção do GC Alcobaça o conhecido Guerra Madaleno, que por várias vezes foi candidato, sem sucesso, à presidência da Direcção do SL Benfica.
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(GC Alcobaça na época de 1982/83)
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(No GC Alcobaça na época de 1982/83)
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Aquela que foi única participação do GC Alcobaça na 1ª Divisão Nacional, não foi, porem, brilhante, dado que acabou por ser novamente relegado no final da prova ao escalão secundário. Na época de 1982/83, o GC Alcobaça terminaria a prova classificado na última posição da tabela, contabilizando, somente 15 pontos em 30 jogos disputados, correspondentes a 4 vitórias, 7 empates e 19 derrotas. Ao longo da prova sofreram 56 golos e apontaram apenas 20.
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Alfredo ao serviço do GC Alcobaça foi companheiro de equipa de José Romão, também ele ex-jogador do Vitoria Sport Clube. No CG Alcobaça foi treinado inicialmente por Orlando Moreira e mais tarde por Edmundo Duarte que substituiu aquele no cargo, actuando conforme decorre das estatísticas daquela época em 26 encontros do Campeonato Nacional sem ter obtido qualquer golo.
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(Alfredo no GC Alcobaça na época de 1982/83)
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(GC Alcobaça na época de 1982/83)
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(Alfredo com as cores do GC Alcobaça)
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O defesa vimaranense retornou ao norte do país para, desta feita, representar o GD Chaves épocas de 1983/84, 1984/85 e 1985/86, esta última, a temporada da 1ª participação dos flavienses na 1ª Divisão Nacional.
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(GD Chaves na época de 1984/85)
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(Alfredo de carrinho ao serviço do GD Chaves na época de 1984/85)
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(GD Chaves na temporada de 1985/86)
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Depois de ter abandonado a carreira de jogador profissional de futebol, o vimaranense Alfredo abraçou a carreira de treinador. Foi, por exemplo, adjunto do treinador Albano na AD Fafe na década de 90. Como técnico principal liderou algumas equipas da região de onde se destaca o trabalho levado a cabo no GD Pevidém.
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Em 1993/94 esteve muito próximo de regressar ao Vitoria Sport Clube, seu clube de coração, para assumir o comando técnico da equipa de juvenis a convite de Bernardino Pedroto, que era naquela altura o responsável pela área da formação e de todo o departamento de futebol dos vimaranenses, alem de treinador principal da equipa de futebol profissional, mas que a final não veio a concretizar-se.
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(Alfredo)
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Adenda: Recebi um email do Senhor Jorge Sousa, que fez uma incursão ao passado, dando conta que o técnico que figura na 2ª foto deste texto, com referência à equipa de Juvenis do Vitoria SC da temporada de 1970/71, se trata de José Jacinto de Sousa - mais conhecido por "maeolhaela". Terá sido treinador do Vitória SC nas camadas jovens durante cerca de duas décadas e entre outros clubes, tendo sido treinador principal no Lixa durante muitos anos. Jose Jacinto Sousa foi também funcionário do Vitoria SC até a decada de 90.


Autor: Alberto de Castro Abreu

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